quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Moradores do Montese reivindicam mercado público

Fortaleza, Ceará - Sexta-feira 04 de agosto de 2000

Com a falta de um mercado público no Montese a feira livre da avenida Gomes de Matos continua sendo realizada nas calçadas. A falta de higiene e a precariedade das instalações prevalecem no local, onde são comercializados vários tipos de alimentos, dentre eles queijos, frutas, verduras, carnes e peixes. Os moradores dizem que a Prefeitura de Fortaleza já prometeu construir um mercado público para o bairro, mas não passou de promessa. Segundo Alzenita Macêdo Cruz, moradora do Montese há mais de 10 anos, a sujeira na feira livre do bairro é preocupante, mas as pessoas acabam comprando nela mesma pelo simples fato de não terem outra opção. “Já está mais do que na hora, da prefeitura construir um mercado para alojar os feirantes que ficam nas calçadas. Isso vai melhorar as condições de trabalho deles, garantindo um ambiente mais higiênico e confiável”, acrescenta. A feira livre na avenida Gomes de Matos traz outro problema para o Montese: a falta de espaço nas calçadas, o que dificulta a passagem dos pedestres. Os feirantes das calçadas também concordam com a construção de um mercado público no bairro. O vendedor de carne, José Carlos, que trabalha há quatro anos na calçada, diz que os feirantes são perseguidos por fiscais da prefeitura. “Um mercado público acabaria com as perseguições. A gente só fica nas calçadas porque não temos um espaço próprio”, destaca. Alguns comerciantes aproveitam a falta de um mercado público para alugarem suas calçadas para os feirantes. “O preço do aluguel varia de R$ 10,00 a R$ 30,00 por semana. Nós pagamos e ainda damos graças a Deus por eles consentirem a gente colocar nossa banquinha na calçada, porque ninguém tem ponto certo para trabalhar”, comenta o vendedor de carne. Para a moradora do Montese, Iracema Lima, falta apenas vontade política para o bairro ganhar um mercado público. “O Montese é um bairro populoso e congrega diversos comerciantes. O pessoal das calçadas trabalham de baixo de sol e de chuva. A construção de um mercado público seria a solução para esse problema social”, conclui.
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