quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Comerciantes sentem-se vítimas

Fortaleza, Ceará - Sexta-feira 28 de janeiro de 2000

“Somos vítimas do preconceito”. É isto que afirma a maioria dos ambulantes que vendem carnes bovina, suína e caprina na calçada da Avenida Gomes de Matos, no Montese. De acordo com eles, por estarem com seus produtos expostos nas calçadas, em bancas improvisadas e em conseqüência disso, em condições de higiene não tão satisfatórias, costumam ser apontados como vendedores de carne de “moita” (carne comprada de abate clandestino). O que, garantem, não é verdade. Os comerciantes se apegam ao tempo em que estão no local (alguns mais de 20 anos ) e à quantidade de clientes fixos como demonstrativo da idoneidade de seu produto. Eles também afirmam que a carne vem da Ceasa. Na verdade, os ambulantes (que pediram para não ser identificados) estão se sentindo ameaçados. “Toda vez que aparece a imprensa por aqui, é confusão”, dizem eles, referindo-se às matérias sobre a venda de carnes de moita. “Se fosse de moita, certmente os órgãos públicos já teriam acabado com essa venda aqui”, acredita a professora Maria Gonçalves da Silva, que costuma comprar no local devido ao preço baixo. Da mesma opinião, o aposentado José Matos acrescenta que hoje fica muito difícil saber se há ou não carne de moita, e até aonde é comercializada, visto que com o fechamento do Frigorífico Industrial de Fortaleza (Frifort), ficaram muitas perguntas sem respostas para os consumidores.

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