quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Barulho incomoda usuários de telefones públicos

Enquanto muitas cidades sofrem com a falta de telefones públicos, em Fortaleza, encontrar um orelhão não é mais dificuldade. Segundo dados da Telemar, somente na Capital existem mais de 23 mil aparelhos e a intenção é acrescer a esse número mais treze mil até maio do próximo ano. Bairros da periferia e ruas movimentadas estão repletas dos “azuizinhos” e o problema, hoje, refere-se à escolha apropriada do local para instalação. O barulho dos carros e principalmente dos ônibus, em determinadas avenidas e ruas muito movimentadas, acabam por tornar a ligação um ato impraticável. No Montese, somente no quadrilátero formado pelas avenidas Alberto Magno, André Chaves, Gomes de Matos e Delmiro de Farias são sete telefones. Lá, entretanto, alguns são desconsiderados pela comunidade devido ao barulho intenso nos períodos de picos. “Prefiro andar mais cem metros a ter que ligar daquele em frente a parada de ônibus”, comentou a auxiliar de escritório, Madalena Cláudia Quintinho. Telefones em frente aos pontos de ônibus são comuns ali. “Quando o ônibus pára ou sai é impossível de ouvir”, revelou a auxiliar. Devido a proximidade com os carros, telefones próximos ao fio da calçada também são difíceis de utilizar. Manter um bom recuo entre o aparelho e a rua seria o ideal, mas como atentou o coordenador de manutenção dos telefones públicos da Telemar, Eduardo Bastos, a instalação depende do consentimento dos moradores. “Se uma pessoa não quer que coloque na parede de seu negócio não podemos fazer”, argumentou. Conforme explicou o engenheiro elétrico, a empresa só disponibiliza o orelhão quando solicitada. Como forma de evitar o barulho, algumas medidas vem sendo tomadas. “Estamos instalando o telefone sempre no contrafluxo do trânsito”, explicou. Os critérios para instalação são necessidade da comunidade e retorno financeiro - avaliado pelo uso que se faz do aparelho. Para tanto, a Telemar dispõe de um Sistema de Supervisão Remota, que além de informar o tempo de chamadas, fornece dados sobre o estado do telefone. “Cada telefone público tem três chances de se comunicar com esse sistema (realizado via modem) durante o dia”, explicou Bastos. Caso o aparelho falhe nessas tentativas, é sinal de que está quebrado.
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