quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Montese virou corredor comercial

CRESCIMENTO (8/6/2008)

(Foto: Kiko Silva)





As mudanças e o crescimento da cidade motivam não somente a troca de nomes de bairros, mas levam alguns ao esquecimento e outros à expansão. Um exemplo de bairro que se destacou pelo crescimento nos últimos anos é o Montese, cujo nome homenageia a vitória dos pracinhas cearenses na Segunda Guerra Mundial.A região tornou-se um imenso corredor comercial e englobou bairros próximos que deixaram de ser referência até mesmo para quem neles reside. Desde a década de 40, quando a Pirocaia passou a se chamar Montese, o lugar não pára de crescer.Há 20 anos, o comerciante Lima mora no bairro Damas, na rua Álvaro Fernandes, mas costuma dizer que mora no Montese. O motivo não é vergonha -afinal ele conhece bem a história do bairro -, mas sim porque o nome Montese é bem mais difundido.A grande variedade de estabelecimentos tirou o aspecto residencial do local. “O Montese cresceu demais, antes a gente conhecia todo mundo e dormia com a porta de casa aberta”, compara Raimundo Ximenes, fundador do bairro.Saindo das Avenidas principais, como a Gomes de Matos e a Alberto Magno, contudo, ainda é possível encontrar famílias que moram no local e não o deixam perder de todo o aspecto residencial.Afora as transformações, bairros como Damas e Itaoca ficaram ofuscados pela expansão do vizinho. É difícil encontrar a localização exata da Itaoca, por exemplo. Entre o Montese e a Parangaba, o bairro está praticamente escondido. Ao serem indagadas sobre a localização da Itaoca, várias pessoas deram a mesma resposta: “Fica mais pra lá”. Até que na rua Almirante Rubim, alguém admitiu que já se tratava da Itaoca.Para quem mora na área há mais tempo essa delimitação é bem definida. A Itaoca começa na fronteira com a Parangaba e se estende até a altura do colégio Castelo Branco, enquanto o Damas começa nas proximidades da antiga casa do português, na Av. João Pessoa. Mas, há quem diga que esses limites são diferentes e como não é possível andar sempre munido de mapa, o jeito é acreditar nas informações dadas por moradores confiáveis.

Barulho incomoda usuários de telefones públicos

Enquanto muitas cidades sofrem com a falta de telefones públicos, em Fortaleza, encontrar um orelhão não é mais dificuldade. Segundo dados da Telemar, somente na Capital existem mais de 23 mil aparelhos e a intenção é acrescer a esse número mais treze mil até maio do próximo ano. Bairros da periferia e ruas movimentadas estão repletas dos “azuizinhos” e o problema, hoje, refere-se à escolha apropriada do local para instalação. O barulho dos carros e principalmente dos ônibus, em determinadas avenidas e ruas muito movimentadas, acabam por tornar a ligação um ato impraticável. No Montese, somente no quadrilátero formado pelas avenidas Alberto Magno, André Chaves, Gomes de Matos e Delmiro de Farias são sete telefones. Lá, entretanto, alguns são desconsiderados pela comunidade devido ao barulho intenso nos períodos de picos. “Prefiro andar mais cem metros a ter que ligar daquele em frente a parada de ônibus”, comentou a auxiliar de escritório, Madalena Cláudia Quintinho. Telefones em frente aos pontos de ônibus são comuns ali. “Quando o ônibus pára ou sai é impossível de ouvir”, revelou a auxiliar. Devido a proximidade com os carros, telefones próximos ao fio da calçada também são difíceis de utilizar. Manter um bom recuo entre o aparelho e a rua seria o ideal, mas como atentou o coordenador de manutenção dos telefones públicos da Telemar, Eduardo Bastos, a instalação depende do consentimento dos moradores. “Se uma pessoa não quer que coloque na parede de seu negócio não podemos fazer”, argumentou. Conforme explicou o engenheiro elétrico, a empresa só disponibiliza o orelhão quando solicitada. Como forma de evitar o barulho, algumas medidas vem sendo tomadas. “Estamos instalando o telefone sempre no contrafluxo do trânsito”, explicou. Os critérios para instalação são necessidade da comunidade e retorno financeiro - avaliado pelo uso que se faz do aparelho. Para tanto, a Telemar dispõe de um Sistema de Supervisão Remota, que além de informar o tempo de chamadas, fornece dados sobre o estado do telefone. “Cada telefone público tem três chances de se comunicar com esse sistema (realizado via modem) durante o dia”, explicou Bastos. Caso o aparelho falhe nessas tentativas, é sinal de que está quebrado.
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Insegurança na Mister Hull e Alberto Magno

Fortaleza, Ceará - Terça-feira 25 de janeiro de 2000

Atravessar com segurança em alguns trechos da cidade requer, muitas vezes, um cuidado especial. Dois exemplos são a Avenida Mister Hull, no Antônio Bezerra, e a Rua Alberto Magno, no Montese. A primeira, apesar de larga e extensa (cinco quilômetros) dispõe apenas de uma passarela e uma faixa para pedestres - uma bem distante da outra. Já a segunda é estreita e com calçadas irregulares, sendo grande a disputa entre pedestres, ciclistas, motoristas particulares, de ônibus e até caminhão. Pelo fato de não haver nenhuma sinalização aparente, os motoristas desrespeitam a velocidade máxima permitida na Avenida Mister Hull, que é de 80 quilômetros por hora. Por todo o trecho da avenida, a segurança mesmo é feita em frente ao Colégio da Polícia Militar do Ceará, mas só durante o período letivo. O único sinal divide a Mister Hull com a Rodoviária dos Pobres, aproximadamente no quilômetro 03, sentido Caucaia. Há pelo menos um ano, Marlene dos Santos Silva, 22 anos de idade, faz um trajeto longo de sua casa em Caucaia até o trabalho, que fica no conjunto Tabapuá. Ela contou que, graças a Deus, até agora nada lhe aconteceu. No entanto, foram muitos os acidentes que presenciou nessa idas e vindas. Um deles foi um senhor que andava pelo acostamento da avenida ser atropelado por um carro, cujo paradeiro ela não sabe. O proprietário da banca de jornais Da Hora, localizada na praça em frente à Paróquia Jesus Maria, José, Mike Sávio Sanches, mostrou sua indignação com os motoristas. Segundo ele, há uma faixa para pedestres que é desrespeitada. Pelo fato de não existir um policial no local, homens, mulheres, crianças e até idosos convivem dia-a-dia com a sorte. “Muitas vezes é preciso esperar mais de 10 minutos para atravessar a avenida com segurança.No bairro Montese, mais precisamente na Rua Alberto Magno, conforme revelou Jurandir Machado, a situação não é muito diferente. Ele, que há oito anos mantém um comércio de construções na referida rua, já viu muitas batidas de carros e atropelamentos. Somente dois semáforos, que nem sempre são respeitados pelos motoristas, foram colocados na via, cuja extensão é de três quilômetros.. Jurandir Machado lamenta o descaso das autoridades, isto porque já existe um projeto do vereador Narcílio Andrade visando à ampliação da rua. Ela acredita que o trânsito ficaria desafogado e bem melhor, caso o quarteirão que separa a Rua Alberto Magno e a Avenida Gomes de Matos fosse desativado. Esta última, é mais larga que a anterior.
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Comerciantes sentem-se vítimas

Fortaleza, Ceará - Sexta-feira 28 de janeiro de 2000

“Somos vítimas do preconceito”. É isto que afirma a maioria dos ambulantes que vendem carnes bovina, suína e caprina na calçada da Avenida Gomes de Matos, no Montese. De acordo com eles, por estarem com seus produtos expostos nas calçadas, em bancas improvisadas e em conseqüência disso, em condições de higiene não tão satisfatórias, costumam ser apontados como vendedores de carne de “moita” (carne comprada de abate clandestino). O que, garantem, não é verdade. Os comerciantes se apegam ao tempo em que estão no local (alguns mais de 20 anos ) e à quantidade de clientes fixos como demonstrativo da idoneidade de seu produto. Eles também afirmam que a carne vem da Ceasa. Na verdade, os ambulantes (que pediram para não ser identificados) estão se sentindo ameaçados. “Toda vez que aparece a imprensa por aqui, é confusão”, dizem eles, referindo-se às matérias sobre a venda de carnes de moita. “Se fosse de moita, certmente os órgãos públicos já teriam acabado com essa venda aqui”, acredita a professora Maria Gonçalves da Silva, que costuma comprar no local devido ao preço baixo. Da mesma opinião, o aposentado José Matos acrescenta que hoje fica muito difícil saber se há ou não carne de moita, e até aonde é comercializada, visto que com o fechamento do Frigorífico Industrial de Fortaleza (Frifort), ficaram muitas perguntas sem respostas para os consumidores.

Avenida no Montese tem trânsito caótico

Fortaleza, Ceará - Quarta-feira 31 de julho de 2002

Carros parados em fila dupla, falta de sinalização e de estacionamentos transformam a avenida Gomes de Matos, no Montese, num terreno sem lei de trânsito. Há cerca de 20 dias, o asfalto da avenida foi recapeado, mas a sinalização horizontal ainda não foi refeita, tornando o trânsito ainda mais caótico. Segundo os motoristas, os engarrafamentos no local são constantes. “Das 6h às 9h da manhã e ao meio dia, pode vir aqui todo dia que tem engarrafamento”, garante o taxista Francisco de Assis, que faz ponto na avenida. Na opinião do comerciante Francisco Luciano Pio, que cresceu no Montese, a situação foi ficando pior na avenida com a instalação de várias lojas sem estacionamento. “Os carros param em fila dupla, atravessados. Não tem estacionamento para todos”, observa. Ao longo da via, lojas de auto-peças reúnem grande número de carros, e não é difícil flagrar mecânicos consertando automóveis no acostamento. Poucos respeitam as placas de proibido estacionar e a distância mínima das esquinas, tornando difícil a visibilidade de quem trafega nas vias transversais. Com todos estes problemas, atravessar a avenida tem se tornado tarefa cada vez mais difícil. “Só tem dois sinais (semáforos) e o trânsito está sempre movimentado. As pessoas passam às vezes cinco minutos tentando atravessar”, diz o ambulante José Milton dos Santos. O chefe de fiscalização da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), Régis Rafael Tavares, admite que há “um desrespeito às leis de trânsito acima da média” na Gomes de Matos. “Falta uma maior conscientização das pessoas da área, que tem um comércio muito forte”, afirma. Ele garante que a fiscalização está sendo feita, por meio de uma viatura e dois agentes motociclistas que fazem ronda no Montese. Quanto á sinalização, Tavares assegura que será feita no máximo em 20 dias.
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Moradores do Montese reivindicam mercado público

Fortaleza, Ceará - Sexta-feira 04 de agosto de 2000

Com a falta de um mercado público no Montese a feira livre da avenida Gomes de Matos continua sendo realizada nas calçadas. A falta de higiene e a precariedade das instalações prevalecem no local, onde são comercializados vários tipos de alimentos, dentre eles queijos, frutas, verduras, carnes e peixes. Os moradores dizem que a Prefeitura de Fortaleza já prometeu construir um mercado público para o bairro, mas não passou de promessa. Segundo Alzenita Macêdo Cruz, moradora do Montese há mais de 10 anos, a sujeira na feira livre do bairro é preocupante, mas as pessoas acabam comprando nela mesma pelo simples fato de não terem outra opção. “Já está mais do que na hora, da prefeitura construir um mercado para alojar os feirantes que ficam nas calçadas. Isso vai melhorar as condições de trabalho deles, garantindo um ambiente mais higiênico e confiável”, acrescenta. A feira livre na avenida Gomes de Matos traz outro problema para o Montese: a falta de espaço nas calçadas, o que dificulta a passagem dos pedestres. Os feirantes das calçadas também concordam com a construção de um mercado público no bairro. O vendedor de carne, José Carlos, que trabalha há quatro anos na calçada, diz que os feirantes são perseguidos por fiscais da prefeitura. “Um mercado público acabaria com as perseguições. A gente só fica nas calçadas porque não temos um espaço próprio”, destaca. Alguns comerciantes aproveitam a falta de um mercado público para alugarem suas calçadas para os feirantes. “O preço do aluguel varia de R$ 10,00 a R$ 30,00 por semana. Nós pagamos e ainda damos graças a Deus por eles consentirem a gente colocar nossa banquinha na calçada, porque ninguém tem ponto certo para trabalhar”, comenta o vendedor de carne. Para a moradora do Montese, Iracema Lima, falta apenas vontade política para o bairro ganhar um mercado público. “O Montese é um bairro populoso e congrega diversos comerciantes. O pessoal das calçadas trabalham de baixo de sol e de chuva. A construção de um mercado público seria a solução para esse problema social”, conclui.
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Avenida do Montese é um caos para pedestres

Fortaleza, Ceará - Domingo 09 de setembro de 2001


Avenida do Montese é um caos para pedestres
Caminhar pela calçada da Avenida Gomes de Mato, no Montese, é praticamente impossível. Em quase dois quilômetros de extensão, há dois semáforos. Sem falar no desrespeito de condutores - que estacionam carros e motos de forma irregular, ocupando espaço destinado ao pedestre - e do comércio ambulante, presente em boa parte da calçada. O comércio, na grande maioria formado por lojas de autopeças, malharias, aviamentos, mercadinhos, bancos, frigoríficos, farmácias, postos de gasolina e de material para construção, começa a funcionar por volta de 6h30min, com expediente encerrando às 20 horas - exceto domingos. Estreita, a avenida, de mão única e sentido Centro, é disputada por carros particulares, ônibus, caminhões e bicicletas. A estudante e professora de dança Naiana Araújo Braga, reside no Montese e, todas as tardes, passa pela Gomes de Matos. Como o movimento de carros é intenso, ela revela que andar pelo acostamento tem sido a saída. “Não há guardas para controlar o trânsito e muito menos estacionamento para que não fique essa desordem. Os motoristas sobem as calçadas, dificultando nosso direito de ir e vir”. A psicóloga e motorista Michelle Barbosa, residente no Dias Macêdo, conta que sempre que precisa de peças para o carro vai ao Montese. Garante tomar cuidado na hora de estacionar e o motivo principal é que venha um outro motorista apressado e bata na traseira do carro. Quanto ao direito dos pedestres, Michelle afirma reconhecer e prefere dar várias voltas e não estacionar em cima na calçada. Mesmo errado, pelo fato de impedir não só a passagem de pedestres, mas em dificultar os motoristas que trafegam pela avenida, ao estacionar seu carro em boa parte da calçada e mais um pouco da rua, Antônio Taumaturgo diz que o espaço dos pedestres é mais para cima e só atrapalharia o trânsito se outro carro parasse atrás do seu. Ele reside no Montese e vai para esse centro comercial várias vezes, sempre aproveitando uma deixa para estacionar irregularmente. Segundo o chefe da Divisão de Sinalização da Ettusa, José Barreto Araújo, a Avenida Gomes de Matos é uma via de grande demanda de trânsito devido ao comércio intenso e bancos, mesmo assim é proibido estacionar na faixa direita, como ocorre em toda Cidade, mas há motoristas que insistem em estacionar em local proibido. “Os agentes de trânsito da Ettusa fiscalizam a região, autuam os infratores, mas eles tornam a cometer infrações no local”, diz ele, acrescentando que a fiscalização na avenida será intensificada. “Já que o problema maior é mesmo com relação ao desrespeito dos usuários na via”, concluiu.
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